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14,4 milhões de brasileiros têm deficiência, revela Censo 2022

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14,4 milhões de brasileiros têm deficiência, revela Censo 2022

Deficiência visual lidera ranking nacional e é mais comum no Nordeste e Norte

O Brasil contabiliza atualmente 14,4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23). Essa parcela representa 7,3% da população nacional com dois anos de idade ou mais. O levantamento é parte dos resultados preliminares do Censo Demográfico de 2022, com enfoque específico em pessoas com deficiência (PCDs) e indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

As informações foram repassadas pelo IBGE à imprensa e mostram que a deficiência mais frequente é a dificuldade permanente para enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato. Essa condição atinge 7,9 milhões de pessoas. Em seguida, aparecem as dificuldades para andar ou subir degraus, que afetam 5,2 milhões de brasileiros. A análise também aponta uma diferença significativa entre os gêneros: das 14,4 milhões de PCDs, 8,3 milhões são mulheres e 6,1 milhões são homens.

O levantamento identificou cinco principais tipos de dificuldades funcionais: problemas de visão, locomoção, destreza manual, limitações mentais e audição. A dificuldade para pegar objetos pequenos, como botões ou lápis, por exemplo, compromete 2,73 milhões de pessoas. Já as limitações nas funções mentais impedem 2,69 milhões de brasileiros de realizar atividades básicas, como se comunicar, trabalhar ou estudar. Além disso, 2,55 milhões convivem com dificuldade permanente para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos.

O IBGE alerta que os números por tipo de limitação são superiores ao total de PCDs porque muitas pessoas enfrentam mais de uma deficiência simultaneamente. No Nordeste e Norte, as dificuldades para enxergar são as mais comuns, com taxas de 4,8% e 4,6%, respectivamente. Já os problemas de locomoção se destacam no Nordeste (3%) e Sudeste (2,6%).

Nas regiões Norte e Centro-Oeste, foram observados percentuais distintos. No Norte, 1,6% da população sofre com dificuldade para manipular pequenos objetos ou com limitações mentais. O Centro-Oeste, por sua vez, apresentou os menores índices em quase todas as categorias, exceto na visão (3,7%).

O dado nacional aponta que 2% das pessoas com deficiência têm dois ou mais tipos de impedimentos. O Nordeste aparece acima dessa média, com 2,4%. As demais regiões estão próximas, com o Sudeste registrando 1,9%, e Norte e Sul com 1,8%. O Centro-Oeste apresenta a menor taxa: 1,7%.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - Manoela Cardozo Publicado em 23/05/2025, às 10h13

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