Carnaval aumenta risco de golpes com hospedagens; saiba como evitar
Cidades tradicionais da festa já estão chegando ao limite máximo de ocupação; veja dicas para não ter dor de cabeça
Caso o consumidor seja vítima de fraude, ele deve fazer boletim de ocorrência, segundo advogado. EDU GARCIA/R7 -
Às vésperas do Carnaval, a corrida por hospedagens pode fazer com que consumidores, desesperados para encontrarem uma reserva, caiam em golpes envolvendo esse serviço. Cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife já estão com as taxas de ocupação das acomodações chegando ao limite.
Em Recife, a ocupação hoteleira deve ficar acima de 90%, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco.
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA) tem expectativas para a ocupação de 95%, em Salvador.
O Sindicato dos Meios de Hospedagem da Cidade do Rio de Janeiro (HotéisRIO) divulgou a prévia da ocupação, com 62,83% dos quartos reservados para o período de 18 a 21 de fevereiro.
O advogado especialista em direito do consumidor Ricardo Maranhão alerta sobre quais são os possíveis golpes que podem ocorrer na hora de alugar uma acomodação durante o Carnaval.
“Problemas com aluguel no Carnaval são comuns e costumam ocorrer, principalmente, quando o contrato é fechado diretamente entre o golpista e a vítima. Até nos sites maiores, como Airbnb e Booking, ocorrem esses golpes. Além disso, os criminosos também usam sites de anúncio, como OLX, para propagação de ofertas enganosas. Os golpes costumam envolver ofertas em cidades distantes, para evitar que a vítima consiga ir pessoalmente conferir o imóvel”, afirma o jurista.
Nesse sentido, Maranhão explica que o “ideal” é realizar uma visita antes de fechar o acordo ou pedir para que alguém próximo ao local faça isso. No entanto, “muitas vezes não é possível” passar por esse procedimento, segundo ele. Para evitar fraudes, Ricardo Maranhão lista as seguintes dicas:
1 - Pesquisar bem antes de fechar a hospedagem.
2 - Fazer um contrato de locação, em caso de locação de imóveis direto com o proprietário.
3 - Confirmar a localização do imóvel.
4 - Desconfiar de valores muito abaixo da média.
5 - Conferir a conta que receberá o pagamento da locação e evitar pagamentos antecipados.
6 - Pedir fotos internas do imóvel, apesar de não ser uma garantia.
7 - Desconfiar se o locador cobrar rapidez para receber o pagamento, ou recebimento do valor da locação, fora das plataformas de reserva de acomodações.
8 - Fazer uma ligação de vídeo com quem está oferecendo o imóvel para alugar. Dessa forma, o consumidor pode printar a tela da chamada para ter uma prova de quem é o locador.
9 - Desconfiar de ofertas por WhatsApp ou compartilhadas em redes sociais. Sites mais conhecidos, como Booking e Airbnb, ainda são os mais confiáveis, porque neles é possível ver as avaliações e os comentários de outros consumidores.
10 - Ficar a prática de phishing, que é a forma que os cibercriminosos (que cometem crimes pela internet) utilizam para enganar o usuário e levá-lo a entregar informações pessoais, como dados de cartão de crédito, CPF e senhas, fazendo isso através de um e-mail falso, ou também direcionando a um website falso.
O advogado também detalha o que deve ser feito por quem cair em golpes neste Carnaval. Segundo ele, o consumidor deve abrir um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet.
“Além disso, reúna todas as informações que podem servir como provas, como dados bancários, conversas por mensagens e fotografias”, declara Ricardo Maranhão.
- Johnny Negreiros, do R7* - 12/02/2023 - 02H00 - *Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas -