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Economia brasileira se encerra com PIB em alta e juros elevados

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Economia brasileira se encerra com PIB em alta e juros elevados

Inflação segue como um dos principais fatores que impactam diretamente o cotidiano dos brasileiros

À medida que 2024 chega ao fim, o cenário econômico brasileiro apresenta uma dualidade de resultados: indicadores positivos surgem, mas outros aspectos geram preocupações. Na última segunda-feira (30), data que marcou o fechamento das atividades para bancos e bolsas.

Inflação

A inflação continua sendo um dos principais indicadores econômicos que afetam diretamente a vida dos brasileiros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acumulou uma alta de 4,87% nos últimos 12 meses até novembro. Este valor excede a meta do governo, que é de 3%, com uma margem tolerável de até 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Este é o maior índice acumulado desde setembro do ano anterior e reflete o aumento geral do IPCA ao longo de 2024; entre janeiro e novembro, houve uma alta acumulada de 4,29%. O IPCA-15, uma prévia desse indicador oficial, fechou em 4,71%.

Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, apresentou um aumento acumulado até novembro de cerca de 4,84%. Este índice serve de base para reajustes salariais, o que pode resultar em um aumento do salário mínimo para R$ 1.518.

Taxa de Juros

Em 2024, a elevação da inflação motivou o Comitê de Política Monetária (Copom) a ajustar a taxa Selic para cima ao longo do ano. A taxa Selic terminou o período em 12,25% ao ano. A alta nos preços dos alimentos e a valorização do dólar foram fatores determinantes para essa decisão. O Banco Central utiliza a Selic para controlar a inflação; taxas elevadas encarecem empréstimos tanto para consumidores quanto para empresas, o que pode desacelerar a economia. A Selic iniciou o ano em 11,25%, foi reduzida para 10,50% em maio e depois aumentada novamente em setembro.

Câmbio

A desvalorização do real frente ao dólar também foi um destaque em 2024. O dólar encerrou 2023 cotado a R$ 4,85 e observou um crescimento significativo ao longo deste ano, fechando próximo a R$ 6,18 — uma valorização de cerca de 27%. Esse movimento impacta diretamente a economia: os produtos importados se tornam mais caros devido à alta do dólar, enquanto as receitas das exportações aumentam quando convertidas para reais. Para tentar conter os efeitos adversos dessa valorização da moeda americana, o Banco Central realizou leilões cambiais.

Produto Interno Bruto (PIB)

PIB brasileiro registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao segundo trimestre do ano. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores industrial e de serviços, enquanto a agropecuária registrou queda. Em comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%. Nos últimos quatro trimestres, a economia brasileira apresentou uma alta de 3,1%. Apesar do desempenho positivo em relação aos países do G20, surgem inquietações sobre os níveis de investimento no país. Os resultados finais do PIB para 2024 serão divulgados em março de 2025.

Emprego

Em novembro, a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,1%, o menor índice desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo IBGE desde 2012. Isso corresponde a cerca de 6,8 milhões de brasileiros à procura de emprego. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a taxa era de 7,5%, o Brasil mostrou uma melhora significativa. O número total de pessoas empregadas atingiu um recorde de 103,9 milhões. Além disso, o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou 39,1 milhões entre agosto e novembro de 2024, um aumento considerável em relação ao ano passado.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também registrou um saldo positivo de 2,2 milhões de novas vagas formais de emprego de janeiro a novembro de 2024, superando os 1,9 milhão registrados no mesmo período em 2023.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - William Oliveira Publicado em 31/12/2024, às 13h28

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