Elizabeth Gomes é ouro e bate recorde mundial no lançamento de disco
Confira outros resultados desta segunda-feira das Paralimpíadas de Tóquio
O Brasil conquistou o segundo ouro no lançamento de disco na manhã desta segunda-feira (30), na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Desta vez o feito foi de Elizabeth Gomes, na disputa feminina da classe F52 (cadeirante). A atleta paulista ainda quebrou duas vezes o próprio recorde mundial na modalidade. No penúltimo lançamento conseguiu 13,33 metros, o primeiro recorde, o que já lhe garantiu o degrau mais alto do pódio, antes mesmo do fim da prova. No último lançamento, bateu novo recorde, de 17,62m. Na madrugada de hoje, Claudiney Batista dos Santos também faturou ouro, com a marca de 45m59 na disputa masculina da classe F56 (cadeirante), com a marca de 45m59.
Em 1993, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla, Elizabeth era jogadora de vôlei. O início no esporte paralímpico foi no basquete em cadeiras de rodas, em Santos (SP), sua cidade natal. Durante os treinos descobriu o atletismo. Em 2019, a atleta conquistou ouro tanto no Mundial Dubai, quanto nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru).
Tênis de mesa: Bruna Alexandre é prata após jogo duro com australiana
É a primeira medalha do Brasil em Tóquio no torneio individual
A catarinense Bruna Alexandre conquistou a prata, a primeira medalha do Brasil na disputa individual do tênis de mesa na Paralimpíada de Tóquio (Japão), após ser superada na final pela chinesa naturalizada australiana Qian Yang por 3 sets a 1, na classe V10 (atletas andantes), na manhã desta segunda-feira (30). É a segunda medalha da brasileira em Paralimpíadas - na estreia na Rio 2016 Bruna faturou bronze.
Bruna voltou para o segundo set abrindo quatro pontos de vantagem, chegando a 4 a 0, diante da adversária. A australiana então quebrou dois serviços da brasileira, diminuindo a vantagem, mas não adiantou: a catarinense fechou a parcial por 11 a 6, igualando o placar em 1 a 1.
O terceiro set começou com a brasileira novamente abrindo vantagem: chegou a marcar 4 a 1 mas Qian Yang reagiu e empatou em 4 a 4. O set continuou disputado com empates em 5 e em 6 pontos, mas a partir daí a australiana passou a pontuar direto, até o set em 11 a 7, voltando a liderar o placar em 2 sets a 1.
Na parcial seguinte, Qian Yang abiru 7 a 3 de vantagem. A brasileira reequilibrou o jogo, aproveitando os erros da adversária, e conseguiu empatar em 7 a 7. Yang pediu tempo para esfriar o jogo. No retorno, reassumiu o controle da partida, fechando o set em 11 a 9, e garantindo o ouro com vitória por 3 sets a 1.
Por um centésimo a mais, Vinícius Rodrigues é prata nos 100m em Tóquio
Em final eletrizante, brasileiro arranca do quarto para segundo lugar
Em uma corrida de recuperação, o velocista Vinícius Rodrigues conquistou na manhã desta segunda-feira (30) a medalha de prata na corrida dos 100 metros T63 (amputados de membros inferiores), com o tempo de 12s05. Por apenas um centésimo de diferença o brasileiro não conquistou o ouro, que ficou com Anton Prokhorov, do Comitê Paralímpico Russo (CPR), com a marca de 12s04. O terceiro lugar ficou com o alemão Leon Schafer (12s55).
Recordista mundial dos 100m da classe T63, com o tempo de 11s95, Vinícius Rodrigues era considerado favorito para a prova, uma vez que lidera o ranking da categoria. Em 2019, ele foi bronze no Mundial de Dubai.
Natural de Maringá (PR), Vinícius Rodrigues teve uma perna amputada em decorrência de um acidente de moto que teve aos 19 anos. A motivação pelo atletismo veio após a visita que recebeu, quando ainda internado, da velocista Terezinha Guilhermina, também é medalhista paralímpica.
Alessandro Rodrigo da Silva é prata no arremesso de peso F11
O paulista da classe de deficientes visuais chegou à marca de 13m89
O Brasil obteve mais uma prata nesta segunda-feira (30) no atletismo na Paralimpíada de Tóquio 2020. Dessa vez, no arremesso de peso Classe F11 (deficientes visuais), com Alessandro Rodrigo da Silva. O paulista de Santo André, que ficou cego devido a toxoplasmose, conseguiu fazer um arremesso de 13m89, distância superada apenas pelo iraniano Mahdi Oladi, que obteve a medalha de ouro com um arremesso de 14m43.
A coleção de medalhas de ouro do atleta inclui, ainda, as obtidas no lançamento de disco do Mundial Londres (2017) e dos Jogos Paralímpicos Rio 2016; e dois ouros no arremesso de peso e lançamento de disco dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015.
- Publicado em 30/08/2021 por Agência Brasil - Brasília -