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Em menos de 24 horas, Justiça libera dois suspeitos no caso do assassinato de delator do PCC; motivo impressiona

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Em menos de 24 horas, Justiça libera dois suspeitos no caso do assassinato de delator do PCC; motivo impressiona

Marcos Henrique Soares Brito e Allan Pereira Soares foram soltos após audiência de custódia; ambos alegam inocência

Dois dos suspeitos detidos na sexta-feira (6) em conexão com o assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram liberados pela Justiça neste sábado (7). A decisão ocorreu após audiência de custódia e foi fundamentada em supostas irregularidades nas prisões realizadas pela Polícia Militar.

Marcos Henrique Soares Brito, de 23 anos, e seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos, tiveram a prisão relaxada a pedido do Ministério Público. Segundo os promotores, a versão apresentada pelos policiais não condiz com os elementos incluídos nos autos do processo.

Gritzbach foi executado a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no início de novembro. O empresário havia colaborado com informações sobre integrantes do PCC, o que teria motivado sua morte.

As prisões de Marcos Henrique e Allan Pereira ocorreram após denúncia anônima que afirmava que armas e munições relacionadas ao crime estavam guardadas na casa de Marcos, na zona leste de São Paulo. De acordo com o depoimento policial, os agentes encontraram munições dentro de um carro destrancado estacionado em frente ao imóvel.

O veículo, entretanto, pertence a Allan. Em depoimento, ele negou qualquer ligação com o crime e afirmou que, ao chegar ao local, os policiais já estavam presentes. Marcos também negou envolvimento, e ambos alegaram desconhecer a origem das munições.

A juíza Juliana Pitelli da Guia, responsável pela audiência de custódia, destacou que não havia indícios suficientes para sustentar as prisões de Marcos e Allan. Além disso, afirmou que se houvesse evidências claras de ligação dos dois com o assassinato, eles teriam sido incluídos no pedido de prisão original.

Ambos são primários, sem antecedentes criminais, e têm residência fixa”, declarou a magistrada.

O advogado Eduardo Kuntz, que representa Marcos e Mateus Brito, afirmou que os policiais plantaram as munições encontradas no carro de Allan. Segundo Kuntz, imagens de câmeras de segurança podem comprovar que um policial teria colocado a sacola com munições no veículo.

Tudo isso é uma grande armação que será devidamente apurada. Vamos usar todos os meios legais para garantir que a verdade venha à tona”, disse o advogado em entrevista à imprensa.

Apesar da soltura de Marcos e Allan, o caso segue com novas revelações. Em depoimento, Mateus Brito, irmão de Marcos, confessou ter ajudado Kauê do Amaral Coelho, apontado como um dos envolvidos no planejamento da execução de Gritzbach, a fugir para o Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, Mateus admitiu ter recebido ordens para transportar Kauê para fora de São Paulo. Ele permanece detido enquanto as investigações continuam.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) seguirá investigando as circunstâncias do crime e as acusações de irregularidades nas prisões. A Justiça aguarda a análise das imagens de segurança apresentadas pela defesa para apurar as denúncias contra os policiais.

DIÁRIO DE SÃO PAULO por Marina Milani - Publicado em 08/12/2024, às 09h15

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