Equipe de alpinistas devolve o brilho à Ponte Estaiada de São Paulo
Parceria entre comunidade, setor privado e poder público agiliza projeto de remoção das pichações a mais de 100 metros de altura
A Ponte Octavio Frias de Oliveira, popularmente conhecida como Ponte Estaiada e um dos ícones da Zona Sul de São Paulo, recuperou sua aparência original após um projeto inovador que envolveu uma parceria entre uma ONG, o setor privado e o poder público, permitindo a limpeza das pichações em suas estruturas, com a ajuda de uma equipe de alpinistas.
Liderando essa missão desafiadora, Adeílson Corrêa, líder da equipe de alpinistas, descreve a experiência como extraordinária e emocionante, destacando a sensação única de trabalhar a mais de 100 metros de altura, garantindo toda segurança necessária para o trabalho.
A iniciativa surgiu da Associação de Moradores e Empresas do Brooklin (AME Brooklin), que se uniu à empresa de tecnologia green4T, localizada próxima à Ponte Estaiada, para propor a parceria com a prefeitura. A ONG foi responsável pela formalização do projeto e pela contratação da equipe de alpinistas, enquanto a prefeitura contribuiu com apoio logístico das equipes da CET, GCM e SP Obras. Por sua vez, a empresa green4T arcou com os custos do projeto, estimados em aproximadamente R$ 50 mil.
"Essa parceria entre comunidade, iniciativa pública e setor privado demonstra como é possível agilizar projetos de limpeza e conservação do patrimônio público", destaca Roberta Cipoloni, diretora de sustentabilidade e comunicação da green4T.
A curiosidade é que Roberta foi peça fundamental para que a empresa se engajasse no projeto, pois é vizinha de Marco Braga, presidente da AME Brooklin, em um condomínio próximo à Ponte Estaiada. Uma conversa informal entre eles sobre a aparência da ponte, afetada pelas pichações, deu origem à colaboração.
O projeto foi apresentado à prefeitura em dezembro e, após autorização emitida em março, foi viabilizado com sucesso. A Ponte Octavio Frias de Oliveira, com seus 138 metros de altura e sustentada por 144 cabos de aço, é um marco arquitetônico inaugurado em maio de 2008. Em 2017, outro projeto de limpeza e revitalização, incluindo a instalação de um novo sistema de iluminação, foi realizado, tendo o custo de R$ 900 mil coberto por empresas solidárias.
DIÁRIO DE SÃO PAULO - Publicado por Marina Milani