A partir desta segunda-feira (14), escolas públicas em todo o Brasil iniciam uma mobilização nacional com o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação dos alunos. Esta iniciativa é parte do Programa Saúde na Escola, uma colaboração entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, que visa aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes.

Um total de 5.544 municípios estão engajados nesta campanha, abrangendo aproximadamente 27,8 milhões de estudantes em 109,8 mil instituições de ensino - representando cerca de 80% das escolas públicas do país. Segundo informações do Ministério da Saúde, essa é a maior adesão registrada desde a criação do programa em 2007.

A meta estabelecida é vacinar pelo menos 90% dos alunos com menos de 15 anos até o próximo dia 25. As vacinas disponíveis incluem doses contra febre amarela, além da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e a vacina contra o HPV.

Conforme o ministério, as atividades contarão com a presença de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que realizarão a vacinação no ambiente escolar ou poderão encaminhar os alunos para unidades básicas de saúde (UBS), sempre com a autorização dos responsáveis.

Além da aplicação das vacinas, haverá uma verificação das cadernetas de vacinação para informar pais e responsáveis sobre eventuais atualizações necessárias.

Com relação à estratégia adotada, o ministério comunicou que, a partir deste ano, a vacinação nas escolas será reconhecida como uma estratégia específica de imunização. Portanto, as doses administradas nas instituições ou por meio do encaminhamento escolar deverão ser registradas sob a categoria "Vacinação Escolar".

Esse registro padronizado permitirá um monitoramento mais eficaz dos resultados da iniciativa. Dentre as 109,8 mil escolas participantes da campanha, aproximadamente 53,6 mil têm uma maioria de alunos beneficiados pelo programa Bolsa Família. Além disso, 2.220 instituições estão localizadas em territórios quilombolas e 1.782 possuem estudantes indígenas matriculados.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - Gabriela Thier Publicado em 14/04/2025