Mulheres com câncer de mama se unem para trocar experiências: 'fortalece a autoestima', diz psicóloga

O grupo 'Amigas do Peito', de Jaú (SP), que completa um ano no mês de março, já tem mais de 30 mulheres que compartilham experiências e ajudam umas as outras.
Grupo começou com sete pessoas e agora já conta com mais de 30 (Foto: Reprodução/TV Tem)
Em Jaú (SP), mulheres que estão ou já enfrentaram o câncer de mama se uniram para superar as dificuldades da doença. O grupo, chamado Amigas do Peito, completou um ano neste mês de março trocando histórias e oferecendo ajuda pra quem passa por tratamento.
Todas elas passaram por tratamento no Hospital Amaral de Carvalho, especializado na doença, e agora transmitem histórias de superação e força para outras mulheres.
A iniciativa começou com a participação de sete pessoas em um grupo de mensagens no WhatsApp. Atualmente, já são 30 mulheres e sempre há espaço para mais pessoas.
Uma das criadoras do projeto, a arquiteta Roberta Polonio, foi diagnosticada com câncer de mama aos 32 anos, quando estava grávida do segundo filho. Agora, no mês de março, ela comemora quatro anos livre da doença e um ano ajudando as amigas por meio do grupo.
"Várias amigas e colegas vieram me procurar para gente trocar uma ideia, pra eu mostrar pra elas que é possível enfrentar essa doença. Que não é legal, mas é suportável", comenta a arquiteta.
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A monitora Aline Bernini, que ainda está em tratamento, conta que, muitas vezes, o grupo consegue abordar questões que nem os médicos conseguem.
"A Roberta foi uma das pessoas que eu mais me identifiquei. Ela descobriu o diagnóstico, ela tava grávida. Se ela conseguiu passar por tudo isso, por que eu não iria conseguir, não é?", conta a monitora.
Do ponto de vista da psicóloga Natália Montanari, a participação em um grupo de apoio ou até mesmo um grupo de amigas, é extremamente importante para aumentar a autoestima das pacientes.
"A paciente encontra no outro a dor que ela também sente. Isso favorece o vínculo, a empatia e tudo isso é muito favorável no processo de tratamento da doença", afirma.
Para Roberta, ter essa rede de apoio e, principalmente, estar junto das amigas, é extremamente importante. Compartilhar experiências e poder ajudar outros com estas é o que a motiva a continuar.
"Poder falar pra elas que é possível enfrentar tudo isso com vitória é muito bom!", afirma a arquiteta e fundadora do projeto.
- Por G1 Bauru e Marília -