Novas denúncias do golpe da ‘carta contemplada’ atingem consórcio de Marília

Empresa que foi alvo de inquérito da Polícia Civil no ano passado volta a receber reclamações de consumidores que se dizem lesados. Gerente nega venda de cotas contempladas.
Alex Falasca e Jurandir Troiano Filho são alguns dos clientes que se dizem enganados para empresa de consórcio (Foto: TV TEM/Reprodução)
Uma empresa de consórcios de Marília (SP) que virou notícia em agosto do ano passado suspeita de aplicar o “golpe da carta contemplada” voltou a aparecer em novas denúncias de vítimas que se dizem enganadas.
A Jockey Club Consórcio havia sido alvo de cerca de 40 denúncias de pessoas que procuraram o Procon afirmando que a empresa vendia em anúncios na internet uma carta de crédito contemplada, que acabava não sendo entregue.
Na época, a Polícia Civil e o Ministério Público abriram inquérito para investigar se havia irregularidades, mas a investigação ainda não foi concluída.
Novas denúncias do golpe da ‘carta contemplada’ atingem consórcio de Marília
À reportagem da TV TEM, o gerente regional da Jockey Club, Tito da Silva, negou qualquer irregularidade e garantiu que a empresa não vende cotas já contempladas de consórcio.
A assistente social Patrícia Fernandes Soares é uma dessas vítimas. Ela afirma que viu o anúncio pela internet que, em tese, a aproximava do sonho da casa própria.
O imóvel, segundo o anúncio, não seria financiado e bastava ao interessado fazer parte de um grupo de consórcio já contemplado. Ela pagou quase R$ 18 mil e até agora não foi contemplada.
Os amigos Alex Falasca e Jurandir Troiano Filho também se dizem enganados pela empresa. Segundo eles, o anúncio nas redes sociais chamou a atenção e Jurandir depositou quase R$ 10 mil reais na conta da empresa.
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Valéria Cunha, coordenadora regional do Procon de Marília: "Só vale o que está no contrato" (Foto: TV TEM/Reprodução)
O Procon de Marília fez um levantamento no estado e descobriu 74 reclamações de consumidores que tiveram prejuízo com essa empresa de consórcio Jockey Clube.
“É importante ressaltar que só vale aquilo que está no contrato. O problema é que muitas vezes o vendedor faz promessas verbais que precisam estar no contrato”, orienta Valéria Cunha, coordenadora regional do Procon em Marília.
- Por G1 Bauru e Marília - 19/03/2018 20h53