Prefeitura de São Paulo investe R$ 7,8 bilhões para combater enchentes e alagamentos reduzem na cidade

Plano contra enchentes avança com 60 reservatórios operando, além de jardins de chuva e obras de drenagem
A Prefeitura de São Paulo investiu R$ 7,8 bilhões desde 2021 para combater enchentes e mitigar os impactos das mudanças climáticas na cidade. Entre as principais ações estão a entrega de cinco novos piscinões, que aumentam a capacidade de armazenamento de água, além de obras de drenagem, ampliação de galerias pluviais e monitoramento de áreas de risco. Como resultado, a ocorrência de alagamentos caiu 33,8% nos primeiros meses de 2024.
Com um investimento de R$ 171,6 milhões, a atual gestão já entregou cinco piscinões desde 2021. Os piscinões são apenas uma parte das inúmeras ações da gestão municipal para aumentar a resiliência da cidade frente aos eventos climáticos extremos. Esses reservatórios podem armazenar 646 mil metros cúbicos de água, o equivalente a 258 piscinas olímpicas, e beneficiam diretamente 276,8 mil pessoas. Atualmente, São Paulo conta com 60 reservatórios em operação.
Há uma série de medidas estruturais e preventivas além da construção de piscinões, como a ampliação de galerias de águas pluviais, instalação de novos jardins de chuva, obras de drenagem e canalização, além de investimentos recordes para aprimorar a infraestrutura da cidade. Desde 2021, foram investidos R$ 7,8 bilhões no combate a enchentes, um aumento de 85% em relação ao período de 2013 a 2020, quando foram aplicados R$ 4,2 bilhões.
Como resultado das ações contínuas e investimentos recordes, a Prefeitura tem conseguido reduzir as ocorrências de alagamentos, que caíram 33,8% entre janeiro e abril de 2024 (378 casos) em comparação a 2023 (571 casos). O tempo de resposta depois das fortes tempestades também é menor atualmente. O escoamento da água ganhou velocidade com o aumento de 24 para 60 caminhões de hidrojateamento, que desobstruem bueiros e bocas de lobo com maior rapidez.
Além disso, somente em 2024, a Prefeitura destinou R$ 1,5 bilhão para obras de drenagem. Os valores são superiores aos registrados nos anos anteriores: R$ 1,4 bilhão em 2023, R$ 1,4 bilhão em 2022 e R$ 262 milhões em 2021. Para 2025, a Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê um aporte de R$ 693 milhões.
Outras ações
A Prefeitura de São Paulo também conta com um Plano Municipal de Redução de Riscos e realiza o monitoramento de áreas de risco. São 859 locais monitorados pela Defesa Civil.
Desde 2021, 35 mil famílias foram beneficiadas com ações de urbanização de favelas, especialmente em áreas de risco.
Munícipes em situação de risco recebem alertas da Defesa Civil Estadual e do CGE via SMS, e a Prefeitura também tem 457 moradores de comunidades atuando, por meio do Programa Operação Trabalho (POT), como parceiros no monitoramento e orientação da população sobre os procedimentos de evacuação.
Equipes de limpeza, zeladoria e engenharia estão permanentemente de prontidão em todas as regiões da cidade e, além disso, há o Centro de Controle Operacional, que monitora 24 horas o cenário meteorológico, enviando informações às subprefeituras sobre a possibilidade de ocorrências.
Para enfrentar os eventos climáticos extremos, a administração também tem empregado estratégias de ampliação da permeabilização do solo – como a obrigatoriedade dos lotes municipais possuírem uma taxa de permeabilidade mínima, sem possibilidade de redução; expansão dos jardins de chuva; incorporação de soluções baseadas na natureza em novos projetos públicos; recuperação de áreas de mananciais e várzeas de rios e córregos.
Além disso, a cidade de São Paulo tem um dos melhores índices (54%) de cobertura vegetal entre as capitais do mundo. Em 2024, a atual gestão declarou 32 áreas verdes particulares como de utilidade pública, o equivalente à cidade de Paris, elevando para 26% o total do território paulistano dedicado à preservação ambiental. Todas estas medidas têm auxiliado a manter e ampliar as zonas de amortização hídrica do Município para as gerações futuras. No ano passado, foram retiradas mais de 286 mil toneladas de detritos dos piscinões. Em 2023, este número foi de 224 mil.
DIÁRIO DE SÃO PAULO - por Marina Roveda - Publicado em 19/02/2025