São Paulo recebe R$ 27 milhões para câmeras corporais
Tarcísio de Freitas reconhece erros e reforça importância na segurança pública
A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) anunciou nesta quinta-feira (5) que a Polícia Militar de São Paulo receberá um investimento de R$27,8 milhões do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a aquisição de 2 mil câmeras corporais. Este financiamento permitirá que o estado amplie seu programa de monitoramento, aumentando o total de câmeras para 14 mil. Atualmente, São Paulo opera com 10.125 dispositivos, número que será elevado para 12 mil após uma compra já realizada em setembro deste ano.
O governador Tarcísio de Freitas aproveitou a ocasião para reconhecer publicamente um erro de avaliação anterior sobre o uso das câmeras corporais, ressaltando sua importância na proteção tanto dos cidadãos quanto dos policiais. Em coletiva, Freitas expressou sua convicção renovada sobre a eficácia das câmeras como ferramentas essenciais na segurança pública.
“Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Então, tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérito que eu tive, que não tem nada a ver com a questão da segurança pública. Hoje eu estou absolutamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade, do policial”, declarou o governador. Ele enfatizou que recentes incidentes de violência policial não representam a corporação como um todo e reiterou seu compromisso em modernizar a atuação da polícia com tecnologia avançada.
Freitas também destacou que o cumprimento rigoroso dos protocolos operacionais é fundamental, mesmo para policiais fora de serviço, e qualquer desvio constitui uma transgressão disciplinar. Ele afirmou que os casos recentes são chocantes e demandam ações proativas para evitar sua repetição.
O governador salientou a importância do discurso de segurança jurídica para o trabalho policial eficaz no combate ao crime, mas advertiu contra sua interpretação como permissão para desrespeitar normas estabelecidas. "Isso nós não vamos tolerar", declarou Freitas, acrescentando que é necessário reavaliar práticas internas e considerar comparações com forças policiais internacionais, incluindo intercâmbios e treinamentos mais robustos, além da aquisição de equipamentos e armamentos não letais.
DIÁRIO DE SÃO PAULO - Gabriela Thier Publicado em 06/12/2024, às 17h53