São Paulo registra aumento alarmante de casos de dengue

Boletim revela que cinco bairros de SP estão em situação epidêmica com mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes
A incidência de dengue na cidade de São Paulo continua a aumentar, com um total de 21.931 casos registrados até o momento em 2025. Este cenário alarmante foi revelado pelo último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, publicado recentemente.
Para classificar uma área como epidêmica, a taxa de incidência deve ultrapassar os 300 casos para cada 100 mil habitantes. Atualmente, cinco bairros da capital paulista se enquadram nessa categorização crítica.
O Jardim Ângela, localizado na Zona Sul, lidera a lista, com um aumento expressivo de casos, passando de 384 para 550 por 100 mil habitantes em apenas uma semana. Logo atrás, o Capão Redondo, também na Zona Sul, registrou uma elevação no número de casos, saltando de 333,2 para 395,6 por 100 mil habitantes.
Além desses, mais três distritos estão próximos de se tornarem epidêmicos: Cachoeirinha (298,3), Freguesia do Ó (289,8) e São Domingos (295,3), conforme os dados fornecidos pela prefeitura.
Nas últimas semanas, a cidade enfrentou um crescimento significativo no número de casos da doença. Foram contabilizados 17.329 novos diagnósticos apenas na última semana, representando um aumento de 26% em relação ao período anterior.
Infelizmente, o ano já contabiliza duas mortes confirmadas em decorrência da dengue. A primeira vítima foi uma menina de 11 anos da região de Ermelino Matarazzo, que faleceu em 30 de janeiro. A segunda vítima é um homem de 69 anos com comorbidades que perdeu a vida no dia 12 de março; ele residia na Mooca e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 7 do mesmo mês.
Com o aumento dos casos, a recomendação das autoridades sanitárias é que a população redobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor. É fundamental eliminar qualquer fonte potencial de água parada em residências. Isso inclui desde caixas d'água e piscinas abertas até pequenos recipientes como tampas de garrafa e vasos de plantas.
Os especialistas sugerem colocar areia nos pratos das plantas e trocar a água semanalmente. Contudo, não basta apenas esvaziar os recipientes; é essencial esfregar suas paredes internas para remover ovos do mosquito que possam estar depositados ali.
Pneus velhos devem ser furados ou cobertos adequadamente e garrafas plásticas vazias devem ser descartadas na coleta seletiva. Vasilhas e baldes sem uso precisam ser armazenados virados para baixo para evitar acúmulo de água.
Além disso, é aconselhável realizar limpeza diária nas cubas dos bebedouros e secar áreas propensas à retenção de água após chuvas. A proteção das caixas d'água também é uma medida preventiva crucial.
DIÁRIO DE SÃO PAULO - Gabriela Thier Publicado em 11/04/2025, às 18h36