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As 10 melhores comédias românticas de 2025 (e as que prometem)

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As 10 melhores comédias românticas de 2025 (e as que prometem)

As 10 melhores comédias românticas de 2025 (e as que prometem)

Além de fazer girar a roda da economia numa velocidade admirável, esses filmes têm algum poder quanto a reoxigenar o imaginário coletivo sobre o amor, os relacionamentos e o mais prosaico das relações humanas. Goste-se ou não, as comédias românticas impactam, e muito, a cultura popular, estendendo seu alcance para bem mais longe que os raios da indústria. Enredos sobre casais que comem o pão que o diabo amassou até que possam, afinal, ficar juntos costumam tocar audiências as mais diversas, ao passo que também são capazes de retratar diferentes épocas e culturas.

Produções a exemplo de “Harry e Sally — Feitos um para o Outro” (1989), dirigido por Rob Reiner; “Um Lugar Chamado Notting Hill” (1999), levado à tela por Roger Michell (1956-2021); “10 Coisas que Eu Odeio em Você” (1999), de Gil Junger; e “O Diário de Bridget Jones” (2001), a cargo de Sharon Maguire, sugerem de que maneira esse gênero pode ser a um só tempo cômico e triste, emotivo e racional. Em meio à selvageria do cotidiano, as comédias românticas regalam o público com uma forma bastante sui generis de escapismo emocional, constituindo um universo paralelo onde os conflitos são resolvidos com leveza, a esperança de finais felizes é renovada e o amor sempre vence. E isso jamais pode ser subestimado. Em tempos de crise, econômica, política, moral, o consumo de filmes otimistas sobe à estratosfera. A suavidade das rom-coms vira, destarte, um mecanismo de fuga com o qual milhões lidam com o estresse, a ansiedade e a fera da solidão.

Comédias românticas não deixam de ser espelhos nos quais a sociedade se vê e se reconhece. Por meio de suas tramas e personagens, diretores, roteiristas e elenco discutem ética, padrões de beleza, a posição que a mulher passou a ocupar na sua própria sexualidade e até iluminam certas pequenas revoluções da História. Mediante uma análise minuciosa sobre as comédias românticas ao longo do tempo é possível afirmar que, sim, o amor mudou — e, por óbvio, nosso jeito de amar. Durante os anos 1950, as comédias românticas cravavam a necessidade da mulher virginal, moldada para o casamento “até que a morte os separe”, o que significava ignorar e mesmo fazer vista grossa para as derrapadas conjugais de seu príncipe encantado. Não passava pela cabeça de ninguém que houvesse outro modelo de família senão o de um pai provedor, uma mãe extremosa e uma prole vasta, de filhos, claro, também heterossexuais. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, não só as mulheres assumiram as rédeas das próprias escolhas como a hipocrisia foi arrancada do armário e começaram a surgir gays e lésbicas entre famílias tradicionais, para não falar dos que constituíram seus lares e adotaram ou pariram suas crianças. 

As comédias românticas reinventaram-se para acompanhar as transformações do mundo contemporâneo, e em 2025 elas permaneceram na dianteira, em muitos sentidos. Preparamos uma lista com dez dessas tramas “garoto conhece garota” ou garoto conhece garoto, numa evidente mensagem a respeito da metamorfose socioafetiva do cinema. É este o caso de “O Melhor Amigo”, do cearense Allan Deberton, que aborda o despertar da sexualidade e os dilemas juvenis de dois rapazes. Deberton junta-se a outros nove cineastas, de ambos os gêneros, de nacionalidades e origens plurais, constatação irrefutável de que as outrora ingênuas comédias românticas estão bem mais propositivas, quiçá representantes de uma nova era.

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