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Federação Paulista vive pressão por renovação e pode ter primeira eleição disputada

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Federação Paulista vive pressão por renovação e pode ter primeira eleição disputada

As críticas à gestão se multiplicam, como falta de calendário, ausência de apoio ao interior e privilégios a poucos clubes

O clima político na Federação Paulista de Futebol (FPF) entrou em ebulição. Dirigentes de diferentes regiões do estado, insatisfeitos com a condução atual, começaram a organizar um movimento que promete romper décadas de hegemonia e inaugurar um processo eleitoral inédito, sem candidatura única.

As críticas à gestão se multiplicam. Falta de calendário, ausência de apoio ao interior, centralização das decisões e privilégios a poucos clubes estão entre as principais queixas. A ideia é abrir caminho para uma federação mais equilibrada, capaz de dar voz a todos os segmentos do futebol paulista — da capital ao interior.

A crise ganhou força com a saída de Wilson Marqueti, que até recentemente ocupava a vice-presidência de Relações Governamentais da entidade. Em sua saída, Marqueti criticou a gestão do presidente Reinaldo Carneiro Bastos, apontando falhas no apoio aos clubes, no desenvolvimento do futebol feminino e na profissionalização da arbitragem.
Além das falhas de apoio estrutural, fonte ouvida vai além e diz que “a entidade se transformou em sinônimo de isolamento e autoritarismo”.

O grupo que agora se mobiliza lançou o lema Muda Já, com a promessa de unir lideranças para pôr fim a quatro décadas de concentração de poder. A proposta é resgatar a legitimidade da federação, fortalecendo seu papel junto à CBF e tornando-a mais democrática e transparente.

“Não podemos aceitar a continuidade de um modelo que deixou os clubes de lado. O futebol paulista é diverso e pertence a todos: da capital, do litoral e do interior. Está na hora de uma gestão que represente essa grandeza”, afirmou um dos dirigentes engajados na mudança.

Além das críticas políticas, pesam contra Bastos a polêmica alteração estatutária que lhe garantiu caminho para buscar um terceiro mandato, restringindo a concorrência, e a perda de cargos de prestígio no cenário nacional e internacional. O dirigente deixou de ocupar a vice-presidência da CBF e perdeu seu assento no Conselho da Conmebol após a polêmica da interferência externa na final do Paulistão — episódio que desgastou ainda mais sua liderança.

O próximo pleito, portanto, tende a ser o mais aberto da história da entidade, com a promessa de devolver ao futebol paulista um processo verdadeiramente democrático.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - Gabriela Nogueira Publicado em 01/10/2025

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