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Universitária é acusada de matar quatro pessoas por envenenamento em SP e no RJ

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Universitária é acusada de matar quatro pessoas por envenenamento em SP e no RJ

Acusada pelo MP de agir por interesse financeiro, Ana Paula Veloso Fernandes teria matado as vítimas com “chumbinho”, veneno usado para matar ratos

Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, estudante de Direito, é apontada pelo Ministério Público (MP) como uma “serial killer” responsável por, ao menos, quatro assassinatos cometidos por envenenamentonos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Segundo a promotoria, os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano. Entre as vítimas estão Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos (SP); Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ); e o tunisiano Hayder Mhazres, morto na capital paulista. O MP aponta que Ana Paula se aproximava das vítimas fingindo amizade ou interesse romântico, com o objetivo de ficar com os bens das pessoas.

A investigação aponta que Ana Paula não agiu sozinha. A irmã gêmea dela, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas, também são suspeitas de envolvimento nos crimes. Ambas estão presas; Michelle foi detida em uma operação conjunta das polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Os peritos suspeitam que as mortes tenham sido provocadas por “chumbinho”, veneno usado para ratos. Três dos quatro corpos foram exumados para perícia. O único que não passou por nova análise foi o do tunisiano, cujo corpo foi enterrado na Tunísia.

Ana Paula foi presa pela primeira vez em 9 de julho, após confessar à polícia que tentou envenenar colegas de universidade com um bolo. Ela afirmou que a ação tinha o objetivo de incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha relacionamento extraconjugal.

Somente em 4 de setembro a Justiça decretou a prisão preventiva da estudante pelos quatro homicídios. 

Vítimas

Marcelo Hari: Ana Paula Veloso Fernandes é acusada pelo Ministério Público de matar Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, em 31 de janeiro, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O corpo dele foi encontrado em casa, já em avançado estado de decomposição.

De acordo com a investigação, Ana Paula e a irmã, Roberta Cristina, que moravam nos fundos da casa da vítima, acionaram a PM ao encontrarem o corpo. O caso chegou a ser arquivado por falta de provas, mas foi reaberto após novos indícios ligarem as irmãs à morte. A principal suspeita é de envenenamento, e os laudos toxicológicos ainda são aguardados pela polícia.

Marcelo Hari, primeira vítima de Ana Paula

Maria Aparecida Rodrigues: Ana Paula é acusada pelo MP de matar Maria Aparecida Rodrigues, em 11 de abril, também em Guarulhos. Segundo a investigação, a universitária ofereceu café e bolo à vítima na casa onde morava com a irmã. Pouco depois, Maria passou mal e morreu. A filha de Maria relatou à polícia que Ana Paula se apresentou com outro nome e, após a morte, tentou levar roupas que alegava ter deixado na casa da vítima.

Mulher morreu após consumir café e bolo oferecidos pela universitária | Imagem: Reprodução

Neil Corrêa da Silva: Em 26 de abril, o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu em Duque de Caxias (RJ), após consumir uma feijoada levada por Ana Paula. Segundo a investigação, Michelle Paiva teria contratado a universitária para envenenar a comida do pai. De acordo com os investigadores, pai e filha tinham diversos desentendimentos.

A polícia apurou que Ana Paula teria testado o veneno em dez cães antes de cometer o crime. Trocas de mensagens entre Ana Paula e a irmã, Roberta, mostram que elas usavam a sigla “TCC” como código para cobrar R$ 4 mil pelo assassinato.

Aposentado foi morto após ingerir comida envenenada por Ana Paula | Imagem: Reprodução

Hayder Mhazres: Na capital paulista, Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos com quem Ana Paula mantinha um relacionamento, também foi morto. O jovem passou mal em seu apartamento enquanto a estudante estava com ele, e o MP suspeita de envenenamento. O corpo foi levado para a Tunísia e não passou por perícia no Brasil. Familiares relataram à polícia que Ana Paula dizia estar grávida de Hayder e pediu dinheiro, mas a investigação aponta que a gestação era falsa.

Jovem tunisiano morreu suspeitamente envenenado por Ana Paula | Imagem: Reprodução

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil apura se há outras possíveis vítimas ligadas a Ana Paula e às demais suspeitas. Até o momento, a universitária permanece presa preventivamente em na capital paulista, enquanto Roberta e Michelle seguem detidas em Guarulhos, à disposição da Justiça.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - Lívia Gennari Publicado em 13/10/2025

 

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