Na manhã deste domingo (29), um avião da Jeju Air caiu durante o pouso no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, resultando na morte de 179 pessoas. Segundo informações do corpo de bombeiros, a aeronave pousou sem o trem de pouso, derrapou na pista e colidiu contra um muro, explodindo em seguida. Este é o pior acidente aéreo envolvendo uma companhia sul-coreana em quase três décadas.

O voo 7C2216, que saiu de Bangcoc, na Tailândia, transportava 181 pessoas, sendo 175 passageiros e seis tripulantes. Apenas dois membros da tripulação foram encontrados com vida e estão hospitalizados com ferimentos graves. Equipes de resgate continuam no local, buscando corpos e destroços, que foram espalhados pela força do impacto.

O avião, um Boeing 737-800 fabricado em 2009, tentou pousar por volta das 9h (horário local, 0h em Brasília), conforme informou o Ministério dos Transportes sul-coreano. Vídeos mostram a aeronave derrapando sem o trem de pouso visível antes de colidir com o muro e pegar fogo. O chefe dos bombeiros, Lee Jung-hyun, descreveu a cena como devastadora: “Apenas a parte traseira conserva um pouco do formato original; o restante está impossível de reconhecer.”

O forte cheiro de combustível e sangue ainda domina o local, onde foi instalado um necrotério temporário para agilizar a identificação das vítimas. As investigações preliminares apontam para possíveis colisões com pássaros (bird strikes) e fatores climáticos. Testemunhas relataram à imprensa que um pássaro poderia estar preso em uma das asas antes da queda.

O CEO da Jeju Air, Kim E-bae, pediu desculpas e prometeu apoio às famílias das vítimas: "Trabalharemos com as autoridades para esclarecer os fatos e priorizaremos o apoio às famílias enlutadas". Ele afirmou que não havia histórico de problemas com a aeronave, que partiu normalmente do aeroporto de Bangcoc.

DIÁRIO DE SÃO PAULO - Manoela Cardozo Publicado em 29/12/2024, às 09h41