Possível surto de intoxicação por metanol gera alerta em SP; saiba como identificar os sintomas

Secretária Marta Machado alerta que bebidas adulteradas, mesmo em pequenas doses, oferecem risco grave à saúde e podem levar à morte
No último sábado (27), a secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, alertou para a possibilidade de um surto de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas em São Paulo. A secretária destacou ainda que a subnotificação é possível, já que sintomas como náusea, vômito e dor abdominal podem ser confundidos com outras condições médicas.
"Tem casos aparecendo em localidades diversas. Então, com esse cenário todo, pode evoluir para um surto de casos”, afirmou Marta Machado.
Segundo o Centro de Vigilância Sanitária, duas mortes já foram confirmadas em decorrência do consumo de bebidas adulteradas em São Paulo e em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
De acordo com o governo federal, os casos envolveram bebidas de diferentes tipos, como gin, whisky e vodka, consumidas em contextos sociais, como bares e adegas. Ainda segundo o comunicado, é possível que outros casos não tenham sido notificados, já que nem todas as intoxicações chegam aos órgãos de vigilância.
Quando procurar ajuda médica?
A secretária orienta que qualquer pessoa que tenha consumido bebida alcoólica nos últimos dias e apresente sintomas procure imediatamente o sistema de saúde, já que os efeitos do metanol são muito mais graves do que os de uma ressaca.
Pequenas quantidades da substância já podem causar intoxicação grave. O diagnóstico rápido é essencial para a administração de antídotos ou, em casos mais severos, intervenção por hemodiálise.
Entre os sinais de alerta estão náusea, vômito, dor abdominal, dor de cabeça, visão turva, vertigem, tremores, convulsões e, em casos mais severos, dificuldade de coordenação motora e perda da consciência. Apenas exames de sangue podem confirmar a intoxicação, e o tempo de resposta é crucial para a sobrevivência da vítima.
O cenário é considerado grave para a saúde pública, uma vez que episódios desse tipo podem gerar surtos com múltiplos casos graves e alta taxa de letalidade, exigindo resposta rápida das autoridades e alerta à população.
DIÁRIO DE SÃO PAULO - Lívia Gennari Publicado em 29/09/2025, às 08h00