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Crise do metanol já soma mais de mil garrafas apreendidas em SP

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Crise do metanol já soma mais de mil garrafas apreendidas em SP

Autoridades apreendem mais de mil garrafas de bebidas adulteradas em São Paulo, com 11 casos confirmados de intoxicação por metanol

Em resposta aos alarmantes casos de intoxicação por metanol, as autoridades de São Paulo e da região metropolitana intensificaram as operações de fiscalização, resultando na apreensão de 1.002 garrafas até esta quinta-feira (2). Os itens confiscados estão sendo submetidos a análises técnicas pelo Núcleo de Química da Polícia Civil.

Na quinta-feira (2), a fiscalização apreendeu 60 garrafas de vodca em um estabelecimento no bairro M’Boi Mirim, Zona Sul da capital. As bebidas pertencem ao mesmo lote já recolhido em uma distribuidora em Barueri, durante operação realizada na quarta-feira (1º). O local foi interditado.

Segundo o governo estadual, no espaço fiscalizado foram encontradas diversas irregularidades: caixas abertas, rotulagem incorreta, presença de roedores e insetos, além de alimentos e água de coco vencidos. Também havia carne armazenada sem o devido controle de temperatura.

Até a noite desta quinta-feira (2), São Paulo registrava 11 casos confirmados de intoxicação por metanol, com laudos que atestam a presença da substância e a confirmação das circunstâncias de ingestão. Além disso, outros 41 casos permanecem sob investigação, com indícios clínicos à espera dos exames laboratoriais.

Ao longo da semana, sete estabelecimentos — entre bares e distribuidoras — foram interditados. Na capital, as ações ocorreram em bairros como Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca e M’Boi Mirim. Já na Grande São Paulo, houve fechamentos em São Bernardo do Campo e Barueri. Todos os locais tiveram suas inscrições estaduais suspensas pela Secretaria da Fazenda, ficando impedidos de operar.

Um gabinete de crise foi criado em 30 de setembro para coordenar esforços entre as secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça.

No que diz respeito às fatalidades, uma morte já foi confirmada em decorrência da ingestão de bebida adulterada, enquanto outras cinco seguem em investigação.

O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira irreversível e até a morte. Hospitais estão preparados para atender os casos de intoxicação, enquanto laboratórios em Campinas, Botucatu e Ribeirão Preto oferecem análises rápidas, com resultados disponíveis em até uma hora.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o Brasil já contabiliza 59 notificações de intoxicação por metanol, das quais 53 são de São Paulo. O ministério também anunciou um estoque emergencial de etanol farmacêutico para hospitais universitários federais.

Entre os casos mais graves, Rafael Anjos Martins permanece em coma após ingerir gin adulterado; Radharani Domingos perdeu a visão após consumir caipirinhas com vodca contaminada; e Wesley Pereira entrou em coma depois de beber uísque em uma festa. O cantor Hungria também foi internado após suspeita de intoxicação por bebida adulterada

DIÁRIO DE SÃO PAULO - William Oliveira Publicado em 03/10/2025, às 08h00

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