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A pele está seca e coça? Pode ser dermatite atópica

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A pele está seca e coça? Pode ser dermatite atópica

Doença é bastante comum e, muitas vezes, tem diagnóstico incorreto

A pele é o maior órgão do corpo humano. E há uma doença que atinge a pele e que, muitas vezes, não é diagnosticada e tratada corretamente. Há até quem confunda com micose. É a dermatite atópica, um processo inflamatório crônico que pode estar associado a outras respostas imunitárias do organismo, como bronquite, asma e rinite, explica o dermatologista do Grupo São Francisco, que integra o Sistema Hapvida, Diogo Pazzini Bomfim. Em função da necessidade de conscientização sobre a doença, o dia 23 de setembro é o Dia Mundial da Dermatite Atópica.

Para difundir os sintomas, o tratamento, e esclarecer que dermatite atópica não é contagiosa, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza uma campanha de abordagem sobre o tema. Trata-se de uma doença genética. A pessoa, pode inclusive, ter outras formas de atopias, que são as reações exageradas do organismo, como asma e rinite. Mas não necessariamente a dermatite ocorre ao mesmo tempo que a asma ou rinite. Confira a entrevista com o Diogo Pazzini Bomfim (foto), que explicará mais sobre o assunto.

 A pele está seca e coça? Pode ser dermatite atópica

Os sintomas de dermatite atópica são coceiras e lesões avermelhadas? São confundidas com outras doenças?

Diogo Pazzini Bomfim - Os principais sintomas são pele seca e coceira. Mas o quadro clínico depende do grau de intensidade da doença e da faixa etária da pessoa acometida. Podem surgir áreas avermelhadas, e, até mesmo, formação de feridas e infecções pelo ato repetitivo da coçadura. É fundamental alertar que não se deve colocar pomadas e cremes na pele, nem tomar medicamentos sem a prescrição do dermatologista. Atendo muitos casos que se agravaram porque a família achava que era uma “micose” e comprou medicamentos sem receita na farmácia, por exemplo.

É comum pessoas com quadro mais grave da doença, que ainda não tenha sido diagnosticado, sofrer com o problema por longos períodos, inclusive até sofrer discriminação?

Diogo Pazzini Bomfim - Sim. Apesar de ser mais comum na infância, algumas pessoas continuam com a doença na adolescência, inclusive na fase adulta. Quando ela não está em tratamento e, portanto, tem a pele avermelhada, com descamação ou lesões, há relatos sim dos meus pacientes que sofrem discriminação. As outras pessoas acham que é algo contagioso, evitam sentar perto, ou ficam olhando muito, por exemplo.

Como saber se o que a pessoa tem é dermatite atópica?

Diogo Pazzini Bomfim - Geralmente nos bebês, as bochechas podem ficar avermelhadas; nas crianças maiores, geralmente acomete as áreas de dobras do corpo. No exame dermatológico, precisamos descartar outros diagnósticos diferenciais.

É uma doença mais comum em criança, que desaparece à medida que a pessoa cresce?

Diogo Pazzini Bomfim - É mais comum em crianças. Cerca de 70% delas, que apresentaram a doença, evoluem com remissão na adolescência, ou seja, “desaparece”. Alguns casos podem reaparecer na vida adulta, em algum momento.

A dermatite pode evoluir para um quadro mais grave? Há tratamento e cura ou apenas controle?

Diogo Pazzini Bomfim - Sim, infelizmente existem formas graves de dermatite atópica, podendo acometer todo o corpo, com lesões e infecções, precisando inclusive de internação hospitalar. Há tratamento de controle. A base deste tratamento é a hidratação da pele visando melhorar a barreira cutânea. Também há medicações tópicas, orais, imunossupressores e imunobiológicas. Todo o tratamento deve ser guiado pela prescrição do médico dermatologista. Sabemos que uma das formas de controlar a doença é evitar os gatilhos: variação repentina de temperatura, roupas de lã, tecidos sintéticos e ásperos, banhos longos com água quente, uso de sabonetes em excesso, uso de buchas e situação de estresse. 

Sobre o Sistema Hapvida 

Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 199 clínicas médicas, 47 prontos atendimentos, 172 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

- IEDA RODRIGUES - Letter Comunicação - 22/09/2021 -

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